terça-feira, 13 de novembro de 2007

4 versos e 1 mensagem de uma história a parte




ó, minha florzinha de bem-me-quer
porque estás tão triste assim?
sinto tuas mãos geladas, mal amparadas
na tua crença de mulher e no pesar do jasmin
digo-te rimas elaboradas de fogo atônito
dilaceradas no estopim para mostrar o quanto é cômico
o quanto é santo...as loucuras que tu fazes
por outro rapaz

não sabe o quanto eu queria
olhar para os segundos de um futuro vagabundo
ver o quanto é bravo o refugo de um beijo
sem pensar que não passava de um sonho
apesar de tudo, sentir tua mão
evitar esse soluço, todo o embrulho
ajudar a tua construção sem piedade
sem regular as cores de uma ínfima emoção

voltar no tempo sem máquina do tempo
tirar os sapatos do sereno e colocá-los debaixo d’um abrigo
num canto, como a cena de um castigo
são tantas palavras que já não cabem
que desabam...que me fazem...
trancar meu peito pelo receio
de estragar o que poderia ser perfeito
de te tomar pelos braços e pedir o que seria um último apelo

mas isso é impossível...
elevar todos os pensamentos n’um momento de horror
ficar sem reação perante dias de sol damasco
cantar versos bem sabidos sem causar a vontade de compor
caminhar para onde se pretende e esquecer todos os laços...

[originalmente escrito em 10.07.06]



Cheguei a conclusão de que antes eu escrevia muito melhor, com o coração, e hoje, escrevo para desabafar, talvez por carência, talvez por um motivo ainda desconhecido, talvez para tentar formular alguma máxima para me basear e trazer luz aos caminhos mais possíveis e próximos.


Penso que as histórias que contarei aos meus netos serão interessantes
Penso no futuro, mas tento me concentrar nos minutos de hoje
Penso nas vezes que falhei com meus amigos e penso que se fosse eu no lugar deles: será que me perdoaria?
Penso em amores
Penso nas mãos, braços, pernas, cada polegada de pele e olhos sinceros
Penso em possibilidades
Penso no acasoi
Penso na música do Los Hermanos e me pergunto se eu terei um último romance
Penso que estou mais feliz que nunca, mas de qualquer maneira sempre me faltará (nesse presente momento também) algo
Penso na falta do que algo desconhecido ainda me faz e penso que existem que existem pessoas que não pensam, simplesmente, porquê não têm o que comer
Penso na hipocrisia
Penso se sou hipócrita ou não
Penso na música que rege a trilha da moça bonita e
Penso se um dia a música acabará
Penso se é melhor estudar, trabalhar que nem um louco e, assim, sentir-se funcional
Ou viver na rua dos pensamentos vagabundos
Penso na volatiliadade da alma
Penso que, palhaço, é aquele que só vê a maquiagem
Penso demais
Penso se é melhor nem pensar
Penso se está tudo na cara ou eu que complico
Penso demais a noite
Penso de saudade
Penso e gostaria de saber quantos metros me separam de um suposto destino
Penso nos botões do telefone

Ontem me disseram que sou tudo o que penso, com o caps lock ligado e sem mesmo nem ter perguntado nada a respeito...
Nos fones: Sia - The Girl


Um comentário:

paula disse...

já te falei que eu já fiz um documentário cujo título é "além do que se vê"? e olha que eu nem gosto de los hermanos :)