Bom, já faz um tempo que eu ando ensaiando pra escrever algo aqui, acho que hoje eu dissipo meus pensamentos, conflitos e teorias em outros meios. Talvez seja mais prático, ou não. E como tenho bebido menos, automaticamente, meus posts alcolizados também diminuíram, até porque é foda digitar ou escrever nessas condições: no outro dia eu não entendo bulhufas. Aliás, beber menos e trabalhar mais também dá nisso. Mas o que realmente me fez pensar bastante durante essa semana foi uma conversa com uma amiga.
Estávamos proseando sobre filmes e eu, inocentemente, indiquei a ela Presságio. Pra quê que eu fui fazer isso...? Tomei uma pedrada no meio da fuça. Ela veio com a conversa de que ''esse era mais um filme hollywoodiano feito para vender e engordar o bolso do Tio Sam'', que ela estava baixando um tal de Stalker (na qual não se acha em lugar algum pra alugar pois é deveras ''cult''), que eu andava muito POP ultimamente (eu mereço mesmo...) e por final, acabou saindo da conversa grilada pra fumar um careta ao som de The Doors.
Tá bom, eu sei que ela tem razão, mas pra quê tanto xiitísmo? Pô, eu tava mó empolgado, tinha visto o filme na noite passada, efeitos especiais geniais, roteiro classe A e ainda tem uns et's bacanas no casting gosto demais de filminhos com etêzinhos. Fazendo uma comparação mais profunda, vi nessa figura que acabara de me dar uma pedrada, adivinha quem!? EU! Há uns bons anos atrás passei por uma onda cabalar de xiitísmo (curti essa palavra), egocentrismo, hipocrisia e uma pitada de arrogância. Na verdade existem mais alguns adjetivos similares, mas prefiro ficar por aqui mesmo. Voltando. Vi naquela pedrada a testa de um punhado de gente que eu rachei. Se fosse em outra época eu teria baixado Stalker e mais 3 filmes similares para poder comentar e tecer críticas idiotas numa mesa de bar ou em qualquer outro lugar. Fail total. Mas como diz meu amigo e parceiro de monografia: ''Mas, não, o Frino isso, o Frino é aquilo...''. Vamos entender Nietzch para divagar suas passagens num churrasco regado a muito pagode e Bruno e Marrone, vamos entrar numa roda punk vestindo Colcci e Aramis, coloquem seus Ray Bans cults para entupir-se de drogas nas festinhas século 21 aka raves e pvt's. Realmente, é muito pra cabeça.
Saca só o que a gente não tem que passar pra depois parar e dizer ''é um dia eu fui assim''. Mas então, Frino, você virou apóstolo? É...é claro que não. Nos últimos 2 anos foram tantas ladeiras abaixo que o rebolado para certas coisas foi adquirido de forma osmótica (inventei mais uma), e quer saber? Não tem coisa melhor. É uma merda não conseguir colocar-se no lugar dos outros e essa venda que grande parte das pessoas possuem demora a cair. É preciso muito suporte (dos amigos, familiares, entre outros) pra pular de um plano para outro. Penso que a religião pode afetar nessa transição, mas por outro lado vejo mais como um olhar íntimo para o seu eu e uma análise de tudo que te cerca. Antes tinha a vã atitude de não ser adepto ao perdão, colocava tudo num pacote e enterrava bem longe da minha vista. Jovem tolo. O problema é que coisas inacabadas tendem a voltar a tona, ressurgindo das cinzas do capeta atravessado, fato. De pouco em pouco em pouco vou desenterrando um aqui e outro ali e a minha prateleira emocional vai organizando-se vagarosamente. Apesar de umas coisas terem melhorado, outras decaíram muito. Não sei se é pelo motivo de tudo estar aquela fuzaca danada que certas emoções já não brotam tão fácil assim. Época boa aquela que uma bitoca só te deixava xonadaum, né, danadeeenho! ''Tá foda'', como diz um amigo que se parecia com o garotinho que fez a propaganda de um danoninho famoso. Em terra de putaria quem tem namorada é rei. Uma hora cansa e chega aquela fase que edredom, conchinha e bolso satisfeito são palavras aliadas. Mas enfim, pior é na guerra.
Bem, é isso, eu acho. Muita sorte a minha querida Centrais Elétricas Matogrossenses S/A aka CEMAT ter me deixado em paz em plena tarde de quinta-feira. Ultimamente a coisa aqui tá panqueroque frõ rél. Praticamente 5 horas pra organizar um post indescente, realmente, é muita falta do que fazer vontade de escrever.
Se é que você leu isso tudo, parabéns! Você acaba de ganhar um nada bem grandão.
Ps.: Ah, sim! De uns meses pra cá venho acompanhando o trabalho de diversos blogs, daí a influência-revolucionária tsc de links divertidos e palavrinhas escrotas escondidas.
Media Player: mais de 10 milhões de vezes repetindo Metric.
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