Manhã fria. Ar denso. Tempo úmido, quase uma Amazônia. Sol coberto pela nublagem. Ontem você esteve aqui, a casa estava cheia, os cachorros estavam quietos - não bagunçavam os nossos ouvidos - o álcool parecia estar mais gelado do que de costume e você estava mais graciosa do que de costume. Básica, mas graciosa. Eu não gosto de admitir que esse nosso amor é semelhante a um conto de folhetim. É clichê. É piégas. Mas é. Me faz um cafuné, me roça a barba, me puxa pelos ombros. Me beija geladamente com gosto de cerveja. Me diz assim: ‘’coração, me dá um chamego’’.
Tarde de bobeira. Reinvento-me a cada vez que te encontro. Você de vestidinho piquet me deixa meio assim, descoordenado. É desleal o modo como você sorri enquanto arruma o cabelo, dizendo ‘’como tá calor hoje, né?’’. Né. E a temperatura muda quando me deparo com cenas como essa. Me pega pela mão e diz ‘’vamos dar uma volta agora’’. Uma volta aqui e ali, daí a gente se envolta.
Noite. Os carros iluminam as avenidas empoeiradas, as pessoas vestem sua melhor roupa e usam seu melhor perfume, pois hoje é dia disso (apesar de ser a mesma coisa a cada sete dias). O céu é negro com tons cereja de mudanças. A esquerda, eu, a direita, você. Nem me lembrei daquela diminuta que você tanto gosta, porque a gente já se delicia tanto com as maiores que, enfim, não faz muito sentido mudar o cardápio. Aliás, nada disso não faz muito sentido. Não pra mim. Pra você, talvez.
Atemporal. Manhã. Tarde. Noite. Se eu me esquivo é porque não vale o esforço de querer explicar-te os pormenores da nossa relação. Acredite. Não vale a pena.
Kick 1
Kick 2
Kick 3
Kick 4
Manhã. É hora de trabalhar.
Tarde de bobeira. Reinvento-me a cada vez que te encontro. Você de vestidinho piquet me deixa meio assim, descoordenado. É desleal o modo como você sorri enquanto arruma o cabelo, dizendo ‘’como tá calor hoje, né?’’. Né. E a temperatura muda quando me deparo com cenas como essa. Me pega pela mão e diz ‘’vamos dar uma volta agora’’. Uma volta aqui e ali, daí a gente se envolta.
Noite. Os carros iluminam as avenidas empoeiradas, as pessoas vestem sua melhor roupa e usam seu melhor perfume, pois hoje é dia disso (apesar de ser a mesma coisa a cada sete dias). O céu é negro com tons cereja de mudanças. A esquerda, eu, a direita, você. Nem me lembrei daquela diminuta que você tanto gosta, porque a gente já se delicia tanto com as maiores que, enfim, não faz muito sentido mudar o cardápio. Aliás, nada disso não faz muito sentido. Não pra mim. Pra você, talvez.
Atemporal. Manhã. Tarde. Noite. Se eu me esquivo é porque não vale o esforço de querer explicar-te os pormenores da nossa relação. Acredite. Não vale a pena.
Kick 1
Kick 2
Kick 3
Kick 4
Media Player: Every Time I die - Wanderlust
2 comentários:
A primavera chegou antes pra você do que pra mim: textos florescendo.
Adorei.
E adorei a jogada com os kicks de Inception.
Nossa senhora!
Que demais
{adoro encontrar vida inteligente nos bloggers e wordpresses}
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